domingo, 18 de abril de 2010

Usina de Belo Monte

A construção de uma Usina Hidrelétrica sempre divide opiniões por seus prós (como a utilização de energia "limpa" e renovável e o favorecimento a esse tipo de energia ao invés da nuclear) e contras (como a perda de biodiversidade, assoreamento dos rios, alagamento de extensas áreas e até mesmo a criação de movimentos sociais como o MAB), com a construção da Usina de Belo Monte não seria diferente.

A construção dessa usina se deu muito por conta da pressão exercida pelas indústrias, principalmente do sudeste, por uma demanda maior de energia para suprir suas necessidades, além é claro do episódio do apagão que houve recentemente e afetou diversos Estados brasileiros.

Fora também o fato de que ou era a construção dessa usina ou era a aprovação de 14 termoelétricas movidas a Diesel (simplesmente a forma mais poluidora de produção de energia neste gênero). Tudo para suprir a demanda voraz de nossa indústria e também, em menor medida, por causa dos eventos de nível mundial que iremos sediar em alguns anos.

Aproveitando a deixa nessa questão das usinas hidrelétricas existe um filme que retrata de forma bem bacana essa questão e já foi indicado aqui em post anterior que se chama "Os Narradores de Javé".

Protegida pelas águas turvas do Rio Xingu e por frondosas árvores nativas da Amazônia, a pequena aldeia Paquiçamba, dos índios juruna, é o retrato fiel do dilema que atinge o oeste do Pará. A tribo, de 83 pessoas, decidiu se separar fisicamente por causa de divergências sobre o projeto da Hidrelétrica de Belo Monte, prevista para ser leiloada terça-feira. Metade da aldeia, inclusive o cacique Manuel, de 70 anos, vê com bons olhos a construção da usina, de 11.233 megawatts (MW). A outra ala, um pouco mais jovem, não pode nem ouvir falar do empreendimento, que custará R$ 19 bilhões.

A briga começou quando o cacique, que no passado discordava do projeto, decidiu apoiar publicamente a hidrelétrica, sem consultar os demais integrantes da tribo, conta Ozimar Juruna, de 41 anos, contrário à construção. "Ele ficou iludido com as promessas feitas pelas empresas (responsáveis pelo projeto). Nós, que sabemos ler e falar português, entendemos que a obra será um desastre para a aldeia."

Quinze famílias devem acompanhar o novo grupo, que terá outro cacique no comando. Será Giliarde, o sobrinho do atual chefe da tribo. No dia em que a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo visitou Paquiçamba, o cacique Manuel estava fora, colhendo castanhas na mata. Mas, com tanta polêmica, seu genro Claudio resolveu amenizar o discurso do sogro: "Ele não é contra nem a favor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Extraído de msn.com.br

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