sexta-feira, 25 de maio de 2012

Estudos mostram que agrotóxicos podem modificar o comportamento das próximas gerações

Pois é... Cada vez mais conhecemos os problemas que o consumo de agrotóxicos trazem a nossa saúde. 

A bola da vez agora é a mudança de comportamento... Segundo um estudo pessoas expostas a um determinado tipo de agrotóxico ficam mais sensíveis ao estresse bem como a terem acessos  ansiedade. 

O estudo a princípio foi feito em ratos e essa manifestação se deu a partir da terceira geração dos mesmos. Contudo, segundos os pesquisadores, nós humanos estamos na terceira geração dos afetados por esse agrotóxico e reflexos disso já começam a se mostrar como o aumento do número de pessoas com autismo e transtorno bipolar... 

É... A cada dia mais e mais estudos são realizados sobre os malefícios dos agrotóxicos (que não possuem esse nome por acaso), mas nada é feito para que essa realidade mude... Pelo jeito só vão procurar tomar alguma atitude quando surtos de mortes por conta de uma substância dessas ocorrerem... 

Redação Internacional, 21 mai (EFE).- O contato com elementos ambientais tóxicos pode influir na resposta de futuras gerações ao estresse e causar desordens de conduta, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos com ratos.

O estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Washington e do Texas, comprovou que apenas uma exposição de fêmeas que esperavam filhotes a um fungicida utilizado em frutas e verduras, a vinclozolina, tinha consequências sobre a conduta da terceira geração de seus descendentes, apesar deles terem sido criados livres do agrotóxico.

Segundo os resultados do estudo, publicado nesta segunda-feira na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", estes roedores se mostraram mais sensíveis às situações de estresse e experimentaram uma maior ansiedade do que os descendentes de ratos que não tiveram contato com o fungicida.

"Estamos atualmente na terceira geração humana desde o começo da revolução química, desde que os humanos ficaram expostos a estes tipos de toxinas", afirmou um dos autores da pesquisa, David Crews.
Até o momento, não se sabia que a resposta ao estresse pudesse depender dos fatores ambientais dos antepassados. Mas os mesmos pesquisadores já tinham demonstrado anteriormente que a vinclozolina podia afetar os genes.

Segundo o estudo, a socialização do indivíduo e os níveis de ansiedade com os quais ele reage perante ao estresse são condicionados não só pelos eventos de sua vida mas também pela herança ancestral epigenética (mudanças genéticas causadas por fatores externos ao organismo).

"Não há dúvida de que assistimos a um aumento real de problemas mentais como o autismo e o transtorno bipolar", declarou Crews, que opinou que isto não se deve apenas a vivermos num mundo mais frenético, mas também pelo efeito dos fatores ambientais.

Em seu estudo, os investigadores também observaram que os ratos cujos antepassados estiveram expostos à vinclozolina eram maiores e tinham níveis de testosterona mais altos. EFE.


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