sábado, 8 de maio de 2010

Cabo de Guerra - Parte 4

Agora parece que um acordo começa a se desenhar no tocante a questão nuclear entre Irã e EUA. Mesmo que o noticiado pareça pura especulação já era esperado que o Irã seria o país a ceder neste cabo de guerra travado com os EUA.

Neste capítulo da novela, mais uma vez fica evidenciado uma certa importância que o Brasil vem adquirindo no cenário mundial, mesmo que o Lula tenha negado ainda acho que isso tem muito a ver com uma tentativa dele de se eleger como secretário geral da ONU, mas nessa questão o nosso país tem que ter muito cuidado onde pisa.

Pode ser que o Tio San não veja essa "mediação" nossa com bons olhos e possa querer inventar de impor sanções aqui, o que quase aconteceu com o episódio do enriquecimento de Urânio no Brasil. Mas isso são apenas especulações... Contudo, que o Irã seria o primeiro a dar o braço a torcer nessa "disputa" já estava anunciado desde que a mesma se tornou evidente.

Teerã, 5 mai (EFE).- O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, aceita "em princípio" a proposta de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para realizar a troca de combustível nuclear.

Segundo a agência de notícias local "Fars", o líder iraniano teria feito a afirmação ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante uma conversa por telefone nesta quarta-feira.

"Durante a conversa, Ahmadinejad anunciou que aceitava a proposta do presidente Lula e pediu para continuar em Teerã as conversas sobre aspectos técnicos", acrescentou a agência iraniana.

"Fars" não expôs, no entanto, os detalhes da suposta proposta de Lula, embora fontes do Brasil tenham apontado que para reduzir a desconfiança mútua, a troca nuclear poderia ocorrer em outro país, como na Turquia.

Irã mantém uma queda-de-braço com grande parte da comunidade internacional, que acusa o regime iraniano de esconder, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e de ambições bélicas cujo objetivo seria adquirir arsenal atômico, alegação que Teerã nega.

O conflito se agravou no fim do ano passado, após que o Irã pedisse combustível nuclear para seu reator em Teerã e pusesse impedimentos a uma proposta da Rússia, Estados Unidos e o Reino Unido para enviar ao exterior seu urânio a 3,5% e recuperá-lo depois enriquecido a 20%.

O regime iraniano alega que não confia na outra parte e exige como garantia que a troca de combustível se realize em seu território, de forma simultânea, em cofres fechados e sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Além disso, Ahmadinejad ordenou em fevereiro os cientistas que diante da falta de acordo, começassem a enriquecer o urânio por seus próprios meios.

Desde então, os Estados Unidos tentam pactuar uma nova bateria de sanções, mas até o momento persiste a reticência da China, Turquia e do próprio Brasil.

Lula deve viajar para Teerã em 15 de maio para uma visita em princípio de 48 horas.

Dois dias depois, em 17 de maio, Irã vai participar da cúpula do Grupo dos 15, do qual o Brasil faz parte e está previsto que também participe o presidente venezuelano, mas na qual não está confirmada, por enquanto, a presença de Lula.

Na semana passada, durante uma visita a Teerã, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, afirmou diante da imprensa iraniana que seu país seguia disposto a mediar a troca nuclear.

No entanto, em outro encontro com agências de imprensa, indicou que a via mais factível seria trocar com a Turquia, por questões de proximidade geográfica.


Extraído de msn.com.br

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