quarta-feira, 23 de junho de 2010

Como se já não bastasse no seu próprio território

O vazamento ocorrido em Abril por conta do afundamento de uma plataforma nos EUA já vem sendo notícia há bastante tempo. O desastre tomou proporções catastróficas, já é o maior da história dos EUA, e agora o vazamento pode atingir até mesmo Cuba.

O óleo derramado na costa americana pode "viajar" pela corrente do golfo - figura abaixo - e assim prejudicar a costa cubana.

A Venezuela já se prontificou a ajudar o governo cubano caso o óleo realmente chegue a costa cubana. Cabe lembrar que Cuba tem no turismo de suas praias uma de suas maiores receitas e a chegada da mancha de óleo as praias cubanas pode afetar sensívelmente o turismo no país, bem como o seu ecossistema.



corrente do golfo



A 58 dias da explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, Cuba começou a se preparar para lidar com a eventual chegada de petróleo nas costas da ilha, como consequência do acidente ambiental. O vazamento, considerado o pior da história dos EUA, acontece desde o dia 20 de abril e não tem previsão para ser solucionado.


"Nós estamos nos preparando para fazer tudo o que estiver a nosso alcance e, evidentemente, aceitaremos apoio daqueles que têm mais experiência com isso. Não há outra solução”, disse o vice-ministro de Defesa cubano, general Ramón Espinosa, citado pela agência de notícias venezuelana ABN (Agência Bolivariana de Notícias).

Até agora, as populações afetadas são da Luisiana, do Mississípi, do Alabama e da Flórida (estados que têm litoral no golfo). Mas projeções da Guarda Costeira dos EUA consideram inevitável que as correntes do golfo levem petróleo para a ilha. A costa cubana fica a 145 quilômetros da Flórida e, atualmente, as manchas de petróleo estão a 160 quilômetros ao noroeste do país. Diariamente, cerca de 800 mil litros de petróleo vazam do Golfo do México.

As praias de Cuba são uma das principais atrações turísticas do país, além de serem habitat de vários animais, alguns ameaçados de extinção.

"Seria uma desgraça para Cuba, mas estamos nos preparando”, disse o vice-ministro, durante VIII Congresso Internacional sobre Desastres, que acontece entre esta terça (15/6) e sexta-feira (18/6) em Havana, do qual participam 350 delegados de 37 países.

Algumas das medidas de prevenção empregadas por Cuba serão a vigilância da costa e treinamento para a população que vive em regiões que podem ser afetadas, disse o chefe de Defesa Civil de Cuba, general Ramón Pardo, segundo a agência de notícias cubana Prensa Latina.

Experiência
De acordo com Espinosa, Cuba precisa de mais experiência para enfrentar o derramamento de petróleo e contará com apoio da Venezuela. No passado, o país caribenho recolheu pequenas manchas de petróleo causadas por navios que estavam perto de sua costa.

O chefe de Defesa Civil de Cuba afirmou que as equipes de especialistas venezuelanos já estão indo a Cuba para ajudar no processo de preparação.

"Os venezuelanos são especialistas, estão há 100 anos explorando petróleo. Nós não temos tanto e, seguramente, temos que aproveitar essa experiência”, disse.

Monitoramento
Ainda não há operações de exploração de petróleo no litoral de Cuba. A empresa espanhola Repsol YPF tem previsão de começar as perfurações entre o final de 2010 e o início de 2011.

Segundo a agência de notícias espanhola Efe, os governos de Havana e Washington estão em contato, por meio da Seção de Interesse dos EUA em Havana, para monitorar o avanço do vazamento.



Extraído de cartacapital.com.br

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