sexta-feira, 4 de junho de 2010

Repercussões do ataque israelense

Depois do infeliz ataque israelense a um navio de ajuda a palestina, vários países transmitiram sua indignação ao ocorrido, inclusive o único país muçulmano que apoiava Israel: a Turquia.

O pior é que Israel ainda acha que está certo e disse que continuará com os bloqueios...

Quero só ver o posicionamento da ONU sobre isso... aposto que, infelizmente, não vai fazer nada de concreto...

ISTAMBUL (Reuters) - O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou Israel nesta sexta-feira de trair sua religião, enquanto bandeiras palestinas estavam por toda parte no funeral de um ativista turco morto quando soldados israelenses invadiram um barco humanitário que ia para Gaza.

A morte de nove turcos numa embarcação de bandeira turca em águas internacionais na segunda-feira durante uma operação executada por comandos israelenses para deter um comboio com ajuda humanitária fez estremecer as relações dos dois países que já foram aliados.

Erdogan intensificou a retórica anti-Israel em um discurso exibido pela televisão feito a simpatizantes do partido AK, de tendência islâmica, na cidade de Konya, na Anatólia.

"Vocês (Israel) mataram brutalmente Furkan Dogan, de 19 anos. Qual fé, qual livro sagrado pode ser uma desculpa para matá-lo?", perguntou Erdogan, referindo-se a um dos nove ativistas mortos.

"Eu falo com eles na linguagem deles. O sexto mandamento diz 'não matarás'. Vocês não entenderam? Direi mais uma vez. Eu digo em inglês: 'you shall not kill'. Vocês ainda não entenderam? Então eu falarei na sua língua. Eu digo em hebreu 'Lo Tirtzakh'."

Prometendo nunca abandonar o povo palestino, Erdogan associou as mortes dos palestinos pelos israelenses às mortes civis turcas causadas pelo conflito com militantes separatistas curdos.

"Eles mataram os bebês nos braços de suas mães assim como os terroristas aqui. Eles mataram crianças inocentes em suas bicicletas", afirmou ele.

Ele também defendeu o governo palestino do Hamas.

"O Hamas é (formado por) combatentes da resistência lutando por sua terra, eles são palestinos. Eles venceram uma eleição e agora estão em prisões de Israel. Eu disse isso aos americanos, que eu não aceito o Hamas como um grupo terrorista."

Os simpatizantes do partido AK responderam cantando "Primeiro-ministro Mujahid" - usando o termo para guerreiro sagrado do Islã.

Em Istambul, o pai de Cevdet Kiliclar desmaiou ao lado do caixão do filho enquanto milhares de pessoas se ajoelhavam para orar na mesquita de Beyazit em homenagem ao jornalista de 38 anos que trabalhava para a entidade beneficente que organizou a flotilha de ajuda humanitária.

Bandeiras palestinas, pretas, brancas e verdes agitavam sobre a congregação, ao lado de algumas do Hamas e do grupo libanês Hizbollah.


Extraído de msn.com.br

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