sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Protesto com fundamento

Esta semana palestinos se reuniram para protestar contra as negociações de paz que também começaram nesta semana entre israelenses e palestinos. 
Mesmo que, a primeira vista, isso pareça a coisa mais absurda do mundo, ou seja, protestar contra a paz entre os dois países; quando examinamos de perto podemos ver que o protesto tem seu fundamento.
O acordo de paz que poderá ser feito entre as duas nações será mediado pelos EUA e, mesmo que a intenção de Obama seja a melhor possível, com toda certeza Israel será beneficiado nesses acordos por conta do mediador deles ser seu "padrinho". Assim, os palestinos pressentem que desse possível acordo a desvantagem para o lado deles poderá ser grande em relação a outra parte.


Ramala, 1 set (EFE).- Cerca de 500 palestinos participaram hoje na cidade cisjordaniana de Ramala de uma manifestação em protesto às negociações de paz com Israel que começarão amanhã em Washington.
Os manifestantes acudiram ao protesto, convocada pela Coalizão Palestina Contra as Negociações Diretas, que se opõe a um diálogo de paz "realizado sob as condições impostas pelos EUA e Israel para conseguir seus próprios interesses", segundo informou a organização.
A coalizão conta com o apoio de ONGs, movimentos sociais e várias facções palestinas, entre elas a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), o Partido do Povo Palestino (PPP) e a Iniciativa Nacional Palestina (INP).
"Não nos opomos em princípio a uma negociação de paz, mas este chamado concretamente ao diálogo por parte dos EUA não oferece nenhuma garantia nem da cessação das colônias em território palestino nem que se consiga alcançar o Mapa de Caminho", disse à Agência Efe Qais Abdul Karim, secretário-geral da FDLP.
Para sentar-se à mesa de negociação, acrescentou, é necessário que "Israel reconheça alguns termos de referência que incluem a retirada do território ocupado em 1967 e o respeito às resoluções das Nações Unidas".
Se não for assim, indicou Karim, "se repetirão novamente as conversas estéreis que não cumprirão seu objetivo de implementar a visão internacional de uma solução de dois Estados".
Segundo o político, "a imensa maioria da população palestina é pessimista com relação as negociações e dois terços da opinião pública rejeitam o diálogo e o condicionam a que Israel deixe de construir nos assentamentos e a que se comprometa com as resoluções da ONU". EFE


Extraído de msn.com.br

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